ARMAS DE FOGO – O que falta para se usar a tecnologia em favor da vida?

03/01/2021

Pessoalmente, considero a arma de fogo uma das mais controversas invenções do homem, porque seja para defender ou atacar, ela sempre vai gerar destruição, ferimento e morte, finalidades intrínsecas das armas. Por isso, sou contra a fabricação de armas de fogo. Mas, é ilusão pensar que um dia o homem vai parar de fabricar essa máquina maligna. O máximo que se pode fazer é tentar melhorar o controle do uso de armas, como forma de reduzir seus efeitos mais nefastos: a destruição e a morte.

Contudo, sabemos que os controles burocráticos impostos pelas autoridades, não tem surtido muito efeito. Qualquer um tem uma arma e a usa sem deixar muitos rastros. Bandidos roubam armas de pessoas de bem (cidadãos, vigilantes, policiais, etc.), raspam a numeração de série e passam a usá-las, sem qualquer controle e temor de que serão identificados. Não é raro ouvir notícias de assassinatos por arma de fogo, disparada por pessoa não habilitada ou que não tinha a posse ou porte regular.

Pensando nisso, gostaria de expor uma ideia para debate e, quem sabe, criar um projeto de lei federal, que ajude no controle de uso, inclusive, na redução da violência e apuração de crimes com armas de fogo.

A ideia é a seguinte: impor (mediante lei) que todas as armas contenham, internamente, um dispositivo sensorial de trava (acredito que fica melhor no gatilho), de modo que ela dispare somente se o sensor (no gatilho) reconhecer a digital do usuário. Assim, caso o usuário não tenha sua digital reconhecida pelo sensor, a arma não funcionará. As armas devem conter também um dispositivo (chip ou HD) para criar uma espécie banco de dados interno de disparos e, se possível, vinculado a cada digital.

Como deve funcionar: Ao adquirir uma arma, o cidadão (ou cidadã) deverá habilitar sua digital (como se faz com celular) que ficará registrada na memória da arma e no banco de dados da Polícia Federal. A digital ficará gravada no dispositivo de trava, que somente será liberado, quando o gatilho (sensor) reconhecer a digital do usuário.

Na prática: imagine um pai de família que possui uma arma em casa. Seus filhos menores (não habilitados) jamais poderão usar a arma evitando-se, assim, os "acidentes" caseiros de disparo acidental. Por outro lado, imagine um meliante que roube a arma do cidadão, ele jamais vai poder usar a arma, porque sua digital não estará gravada no "HD" e, portanto, o sensor não poderá liberar a trava. E ainda, uma vez que a arma contém a memória digital de todas as pessoas habilitadas, a polícia poderá identificar, sem dificuldades, as pessoas que a manusearam, podendo ainda consultar o banco de dados interno (HD interno). Em suma, essa tecnologia sensorial das armas, com certeza, contribuiria com a redução gradual da violência, objetivo final dessa proposta.

Mas, será que é possível inserir essa tecnologia em armas? Acredito que sim. Afinal, estamos no século XXI, a era da tecnologia. Hoje temos carros que ligam sem uso da chave; portas que se abrem por sensor de presença; máquinas com sensor de leitura de cartão de crédito; lâmpadas e máquinas que acendem e ligam pela voz do usuário, tornozeleiras eletrônicas de localização do usuário, etc.

Portanto, não acredito que as fábricas de armas possam ter grandes dificuldades para desenvolver mecanismos tecnológicos, capazes de inserir essas funcionalidades nos seus produtos.

Façam uma pesquisa na internet e vejam que as armas evoluíram em todos os aspectos (aparência, potencial ofensivo, precisão, etc.). O que falta então, para inserir a tecnologia digital em favor da vida, com a redução da violência e da criminalidade? Na minha opinião, falta apenas que o governo imponha essa obrigatoriedade. Por isso, acredito que esta ideia não é uma ilusão, basta que o povo se manifeste e exija a introdução dessas inovações tecnológicas nas armas, por meio de lei.

Já que não é possível acabar com as armas, podemos, pelos menos, reduzir a destruição e os males causados por elas, por meio da tecnologia.

Se você gostou da ideia e é a favor da vida, compartilhe e mande sugestões, pelo e-mail abaixo.

Macapá, 03 de janeiro de 2021.

ANTONIO J DANTAS TORRES

(dantast.contato@gmail.com)

contador free